Médicos, gestores de unidades de saúde e estudantes estiveram presentes hoje, em São Luís, na cerimônia de apresentação e lançamento do Teste do Olhinho obrigatório no Maranhão. Foi o primeiro encontro realizado para esclarecimentos importantes que podem beneficiar cerca de 115 mil crianças que nascem a cada ano no território maranhense.
“É um teste simples, rápido e fácil de ser executado. Se as doenças não forem tratadas a tempo há risco para o desenvolvimento normal da criança. Esse aqui é um pontapé inicial de um grande projeto e de um grande sucesso para o nosso estado do Maranhão”, comemorou o médico oftalmologista e professor da UFMA, Álvaro Bruno Botentuit, que sugeriu a lei recentemente sancionada pelo governador Flávio Dino.
Aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa do Estado, por meio de um projeto apresentado pelo deputado Arnaldo Melo, a lei estabelece que o exame também chamado de Teste do Reflexo Vermelho deve ocorrer em até 48 horas após o nascimento. Por meio dele, é possível detectar problemas na visão como catarata e glaucoma congênitos, tumores e até casos de cegueira que atingem cerca de 33 mil recém-nascidos por ano no Brasil.
A novidade que vai chegar em breve em maternidades públicas da capital e do interior foi recebida com grande expectativa no auditório da Secretaria de Saúde do Estado, como afirma a diretora de saúde da Regional de Rosário, Elizabeth de Castro Oliveira Menezes.
“Vamos ajudar na divulgação junto aos municípios e esperamos que a atenção primária desses municípios venha dar um grande avanço alcançando as mães, sensibilizando da necessidade da realização destes exames. Ficamos felizes com o equipamento que vai ser doado. Isso é um grande incentivo”, disse.
O diretor administrativo do Hospital Regional de Morros, onde são realizados em média 30 partos por mês, também esteve presente e reconheceu a importância do teste.
“A gente vai ser multiplicador do que foi informado aqui, vamos sensibilizar nossa equipe multidisciplinar e trabalhar para que as crianças sejam atendidas”, antecipou.
A secretária adjunta de Assistência à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Carmen Belfort, representou o secretário Carlos Lula. Ao público presente, disse que é preciso ter atitude para que a lei entre em vigor imediatamente.
“O encontro foi muito bom. Avaliamos que tivermos uma grande adesão. Vários municípios se fizeram presentes, inclusive secretários municipais de saúde. O evento cumpriu a sua missão. Seu propósito era dizer que agora é lei estadual, que temos parceiros como doutor Álvaro e que nós estaremos à disposição para que Estado e municípios consigam que essa lei entre em vigor o mais rápido possível”, destacou.
O processo de aquisição dos equipamentos está em fase final. A licitação já ocorreu e a empresa vencedora obteve prazo de 60 dias para fazer a entrega ao Governo. Após isso, haverá treinamento para o uso correto nas cidades.