Com a denominação “Sala de Provocações” e o tema “Feminicídio- pelo fim da violência contra a mulher”, a Fundação Ulysses Guimarães, com apoio do deputado estadual Roberto Costa (MDB), promoveu, na tarde desta sexta-feira (25), no auditório Fernando Falcão, da Assembleia Legislativa, amplo debate abordando a questão da violência contra a mulher, capitulado no artigo 5º da Lei Maria da Penha.
De acordo com Roberto Costa, “a Fundação Ulysses Guimarães traz à tona um assunto que é pauta nacional, por conta do elevado índice de violência contra a mulher. Estamos, na realidade, em busca da adoção de políticas públicas que venham estabelecer a redução desses números assustadores”, disse o parlamentar.
Roberto Costa destacou ainda que as mulheres vítimas da violência doméstica devem contar com total apoio do poder público. Disse ele, que geralmente o feminicídio é precedido de uma série de atos violentos, que não são contidos em razão dos mais variados fatores, principalmente em função da mulher ser subjugada pelo companheiro.
Roberto Costa afirma que, por ter sido o relator da CPI de Combate à Violência contra a Mulher, tem conhecimento dos índices da violência contra elas e assegurou que essa é uma questão que destrói lares e que dilacera famílias, em todos os segmentos sociais.
A delegada Kazumi Tanaka, coordenadora de todas as Delegacias de Mulher do Maranhão, apresentou gráficos e exibiu vídeos sobre a violência contra a mulher, fazendo uma abordagem sobre a contextualização do que ela considera quase uma epidemia, no que concerne à violência contra a mulher no Brasil.
A delegada ressaltou que o termo feminicídio foi utilizado pela primeira vez em 1976, em relação ao brutal assassinato de uma mulher. “Quando se mata uma mulher no Brasil, ainda se leva para a questão do crime passional, para lavar a honra, como ocorria no passado. Eles romantizam essa violência exacerbada”, afirmou.
O presidente da Fundação Ulysses Guimarães, professor Wellington Gouveia, disse que a sociedade, de um modo geral, precisa lutar contra esse flagelo, e disse que o Ministério Público de São Paulo mostrou estudo recente, mostrando que 8 mulheres são assassinadas diariamente pelos companheiros no Brasil.
Para Gouveia, o País não pode se calar diante de tanta violência doméstica, destacando ser necessário que se tomem medidas urgentes para que esses números retrocedam. Para ele, esse é um assunto que merece atenção mais acurada do poder público e da sociedade.
Participaram ainda do evento: a assistente social Sílvia Leite, presidente do Conselho Estadual da Mulher; Nildinha Teles, vereadora de Chapadinha e assistente social; Mary Silva Maia, coordenadora do Programa Pacto pela Paz e que representou o secretário de Estado de Direitos Humanos, Francisco Gonçalves; Walber Neto, do Conselho Nacional da Juventude e Paulo Passos, superintendente da Juventude de Rosário.
ALEMA