No Diário Oficial da Câmara Municipal de Codó, publicado em 14 de fevereiro de 2025, um contrato chamou a atenção: a contratação da empresa Cocais Transportes e Serviços LTDA por R$ 48.000,00 para prestação de serviços de digitalização de documentos públicos. O valor foi autorizado por meio de dispensa de licitação, ou seja, sem concorrência e sem a obrigação de buscar a melhor oferta.
Para quem não está acostumado com o mundo mágico das compras públicas, um scanner profissional de alta capacidade custa entre R$ 1.500 e R$ 5.000. Isso significa que, com os R$ 48 mil, a Câmara poderia montar um laboratório de digitalização próprio, contratar um funcionário dedicado e ainda sobraria dinheiro para pagar um cafezinho. Mas, pelo visto, preferiram o caminho mais “prático”: pagar caro e não precisar explicar muita coisa.
O mais curioso nessa história não é só o gasto questionável, mas a prioridade da gestão. Enquanto há investimento pesado para transformar papel em PDF, muitos servidores da Câmara continuam ganhando entre um e dois salários mínimos.