A confusão começou na sessão da Câmara Municipal de Codó, no dia 13 de maio de 2025. Tentando defender a gestão municipal, o vereador Raimundo Leonel Magalhães Araújo Filho(Leonel Filho/ Raimundo Leonel) soltou uma informação impressionante — e totalmente fora da realidade: afirmou que a Prefeitura tinha 6.700 servidores ativos e uma folha de pagamento de R$ 21 milhões.
A fala repercutiu nas redes e na imprensa local, mas o que ninguém esperava é que o próprio governo municipal fosse o responsável por desmenti-lo. Dias depois, a Prefeitura divulgou a folha de pagamento de abril de 2025 em seu portal oficial, revelando que o número real de servidores ativos é de apenas 1.744.
A diferença entre o que foi dito na Câmara e o que mostram os dados oficiais é gigantesca — e causou constrangimento político imediato. A narrativa montada por Leonel caiu por terra diante de uma simples consulta no Portal da Transparência feita pelo Blog do Leonardo Alves.
No entanto, em vez de manter o compromisso com a transparência, a Prefeitura recuou. A folha de pagamento de maio de 2025 foi simplesmente retirada do ar, sem qualquer justificativa. Sumiu do portal como se nunca tivesse existido.
Esse tipo de apagão seletivo levanta sérias dúvidas. Afinal, por que esconder? Por que deixar de publicar justamente o mês seguinte, logo após a exposição de um número muito menor do que o alegado por um aliado?
A população de Codó tem o direito de saber quem são os servidores, quanto ganham e por qual vínculo estão na folha. Ocultar essas informações não só é um desrespeito à cidadania como também pode configurar violação à Lei de Acesso à Informação e aos princípios da publicidade e moralidade administrativa.