O prefeito de Codó, Chiquinho Oliveira, voltou a confundir o que é público com o que é pessoal. Servidores da Prefeitura Municipal, fardados, foram colocados para atuar em um evento particular da primeira-dama, intitulado “Sopão da Cidadania”, que, embora apresentado como ação social, não possui qualquer formalização como programa oficial do município.
Entre os participantes, chama atenção a presença de Rejane da Pousada, conhecida servidora da Câmara Municipal de Codó, que também aparece vestida com a farda da prefeitura, o que levanta sérias suspeitas de acúmulo indevido de cargos públicos. A Constituição Federal só permite essa acumulação em casos específicos, com compatibilidade de horários e funções técnicas, o que pode não se aplicar à situação exposta.
O Blog do Leonardo Alves entrou em contato com Rejane para saber se ela trabalha na prefeitura. Observamos que Rejane visualizou a mensagem, mas não respondeu nosso questionamento.
Seja como for, o uso da máquina pública em eventos particulares deve seguir as normas que regem a administração pública. Não se pode empregar servidores pagos com dinheiro do contribuinte em ações privadas, ainda que travestidas de projetos sociais, sem o devido respaldo legal e administrativo. Isso fere princípios constitucionais como a legalidade, a impessoalidade e a moralidade, pilares da gestão pública responsável.
Por fim, espera-se que a Prefeitura de Codó não repita os erros das administrações passadas, que acabaram desmoronando após transformarem o poder público em reduto de parentes, amigos e interesses pessoais. A história já mostrou que o desfecho costuma ser amargo para quem confunde gestão pública com negócios de família.