
O União Brasil foi, sem dúvida, um dos grandes protagonistas das eleições de 2024 em Codó. Com mais de 8 mil votos conquistados, o partido saiu das urnas como a legenda mais votada do pleito municipal. Contudo, o que parecia ser um projeto político consolidado começa a ruir, manchado por omissões, descuidos e falta de estratégia no pós-eleição.
Enquanto três de seus candidatos conseguiram se eleger vereadores, o restante da nominata parece ter sido deixado à própria sorte — e os reflexos já são devastadores. Prestadores de contas incompletas, documentos essenciais ausentes e prazos ignorados compõem o cenário de uma verdadeira implosão política. E, no centro dessa crise, está o nome do deputado federal Pedro Lucas Fernandes, líder local da sigla e atualmente em campanha pela reeleição. A omissão do partido nas contas dos seus candidatos levanta dúvidas sobre sua capacidade de gestão e liderança.
Veja alguns exemplos emblemáticos:
• CARLINHA MELO foi declarada inelegível por não apresentar documentos essenciais em sua prestação de contas. O partido chegou a recorrer ao TRE, mas fora do prazo, selando o destino da candidata.
• DIOGO TITO sofreu o mesmo revés: inelegível por não cumprir requisitos básicos na prestação de contas. Novamente, o recurso ao TRE foi apresentado tardiamente, revelando desorganização e descaso.
• ELIEL LIMA teve as contas questionadas pelo Fórum Eleitoral, que recomendou reprovação e devolução de mais de R$ 17 mil aos cofres públicos.
• FILOMENA MENDES também entrou na mira da Justiça Eleitoral. A recomendação é por sua inelegibilidade e a devolução de mais de R$ 6 mil.
• JAILSON CARLOS quase foi incluído no mesmo rol. Apresentou a procuração do advogado “aos 49 do segundo tempo” e escapou da inelegibilidade, mas ainda assim deverá ter as contas reprovadas e devolver mais de R$ 1 mil.
• MATEUS QUEIROZ, por sua vez, enfrenta pedido de inelegibilidade e cobrança da devolução de mais de R$ 23 mil, uma das cifras mais altas da lista.
Todos esses dados estão disponíveis no portal público DivulgaCandContas, confirmando o tamanho da crise enfrentada pelos candidatos do União Brasil em Codó.
A omissão do partido é gritante. A falta de acompanhamento jurídico, a ausência de planejamento pós-eleitoral e os erros processuais expõem não só os candidatos, mas também a liderança de Pedro Lucas, que agora tenta se descolar do desgaste e manter sua imagem perante o eleitorado.
Mas diante de tantos tropeços, fica a dúvida: conseguirá Pedro Lucas manter-se de pé quando o castelo que ajudou a erguer desaba sobre seus próprios alicerces?

