No dia 6 de julho de 2025, chegou ao fim o Decreto de Emergência na Saúde Pública assinado pelo prefeito Chiquinho Oliveira. Foram 180 dias de poderes excepcionais, que permitiram à Prefeitura de Codó realizar contratações e compras sem licitação, sob a justificativa de colapso no sistema de saúde. Mas o resultado prático foi nenhum — nem mesmo o próprio governo municipal consegue apontar o que, de fato, foi resolvido.
Na realidade, a situação só piorou. Durante esse período, o município registrou mortes sem explicação, como a do bebê no HGM, cuja família denunciou omissão da Câmara Municipal e acionou o Procurador-Geral de Justiça do Maranhão. As unidades de saúde continuaram sem médicos, sem medicamentos e sem estrutura para atendimento básico. O Hospital Geral Municipal (HGM), que deveria ser prioridade da gestão, tornou-se símbolo do abandono.
E como se não bastasse, há denúncias de que a segunda ala do HGM, deixada com 80% das obras prontas na gestão do ex-prefeito Zé Francisco, e usada em vídeos por políticos durante o aniversário de Codó como se fosse um grande feito da atual gestão, segue sem funcionar de verdade. O que deveria representar um reforço na rede hospitalar virou apenas cenário de marketing político, segundo relatos de profissionais e moradores.
Ao fim dos 180 dias, o que se vê é um rastro de gastos milionários sem transparência, ausência de melhorias concretas e um governo que não consegue justificar o uso da “emergência” para promover mudanças efetivas.