Denúncia sobre nepotismo cruzado na Prefeitura de Codó vai chegar ao STF?

O Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu apertar o cerco contra o nepotismo cruzado, aquele velho esquema onde políticos fazem um verdadeiro “escambo” de cargos públicos para encaixar seus parentes. Agora, essa decisão pode atingir em cheio o prefeito de Codó, Chiquinho Oliveira, que teria distribuído pelo menos 40 cargos para cada vereador da sua base como parte do famoso “toma lá, dá cá”. Mas essa farra das nomeações pode estar com os dias contados.

Nos últimos meses, a Corte determinou o afastamento de servidores de órgãos públicos no Maranhão após denúncia sobre nepotismo cruzado.

Se o STF já puxou o tapete dos grandões, imagine se resolver dar uma olhadinha no que acontece em Codó. O prefeito Chiquinho Oliveira, que parece ter decorado a cartilha do “troca-troca” de cargos, pode estar em apuros.

Seguindo o roteiro clássico do nepotismo cruzado, vereadores da base são agraciados com cargos para seus parentes na prefeitura, enquanto Chiquinho fortalece sua governabilidade com essa estratégia. Um exemplo gritante? A esposa do vereador Leonel Filho foi nomeada para administrar o Hospital Geral Municipal (HGM). E, dizem as más línguas que essa pode ser só a ponta do iceberg.

Se as investigações avançarem, as nomeações feitas por Chiquinho podem ser anuladas, e o efeito dominó pode acabar com a lua de mel entre o prefeito e seus aliados. Afinal, vereador sem cargo na prefeitura é como peixe fora d’água.

Agora, resta saber se a oposição vai aproveitar o embalo do STF e levar o caso para o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA). Se isso acontecer, pode começar a temporada de demissões forçadas na Prefeitura de Codó, e Chiquinho terá que explicar direitinho as nomeações dos parentes de vereadores.

Se o “corte de parentesco” chegar a Codó, a prefeitura vai precisar urgentemente abrir um concurso público, porque os cargos estarão vagos.

Ninguém está acima da lei, nem mesmo o STF.