Neste domingo (13), o deputado estadual Francisco Nagib — atualmente inelegível — reuniu um grupo tímido de políticos em sua residência. Entre os presentes estavam os vereadores Dedé do Zé Garimpeiro, Nunes do Náutico, Raimundo Leonel, Roberto Cobel, Leda Torres, Rosélia do Comercial Osmar, Araújo Neto, Leandro Magalhães, André Jansen e outras lideranças.
O encontro contou com a presença do deputado federal Juscelino Filho e teve o objetivo de demonstrar articulação e influência, mesmo com Nagib fora da próxima disputa eleitoral.
Nagib está inelegível por condenação no Tribunal de Contas da União (TCU), com sentença já transitada em julgado. Seu nome aparece na lista dos “fichas sujas” da Justiça Eleitoral, o que o impede de disputar qualquer cargo nas eleições de 2026. Apesar disso, tenta manter presença no jogo político local, apostando em conversas e alianças para continuar relevante nos espaços de poder.
Mas o cenário de 2026 será menos tolerante com ambiguidade. O velho estilo “dois times” que Nagib adotou em 2022 dificilmente encontrará espaço. Em breve, ele terá que tomar um lado: ou se distancia de Felipe Camarão — o amigo que, em 2024, apoiou seu pai — ou assume de vez o projeto do governador Carlos Brandão, que tem como aliado direto em Codó o ex-prefeito Dr. Zé Francisco. Seja qual for a escolha, o tempo, que em outras eleições trabalhou a seu favor, agora parece correr contra.
Enquanto isso, seus aliados observam em silêncio. Parte ainda tenta manter a lealdade, enquanto outros já cogitam novos caminhos, com os olhos voltados ao Palácio dos Leões. Em política, quem insiste em jogar nos dois lados arrisca sair sem nenhum. E, nesse xadrez, Francisco Nagib precisa mais do que nunca decidir se ainda quer ser peça… ou se já virou apenas cenário.