O Ministério Público do Maranhão decidiu investigar de perto a situação da saúde em Codó, após sucessivos casos de mortalidade neonatal que escancaram o drama vivido por famílias do município.
A 1ª Promotoria de Justiça instaurou procedimento específico para apurar se a falta de leitos de UTI Neonatal, a desorganização do sistema de regulação e a negligência do poder público local estão contribuindo para mortes que poderiam ser evitadas.
Segundo o documento assinado pelo promotor Raphael Bruno Aragão Pereira de Oliveira, Codó terá que prestar contas sobre os índices de mortalidade e a real capacidade de atendimento da rede hospitalar. O MPMA quer saber se a estrutura existente no município corresponde à demanda e se a gestão municipal tem cumprido seu papel ou apenas empurrado o problema para o governo do estado.
Não é novidade que Codó enfrenta um colapso silencioso na saúde pública. Famílias denunciam a demora por vagas, transferências que nunca acontecem e uma rede que não dá conta das emergências. Enquanto isso, a propaganda oficial insiste em pintar um cenário de eficiência que não se sustenta diante dos números de recém-nascidos que não resistem por falta de atendimento adequado.