AS ENCANTADEIRAS E AS QUEBRADEIRAS DE COCO BABAÇU

As chamadas Quebradeiras de Coco babaçu, que tem por objetivo principal a busca de condições que possibilitem a viabilização de seu modo de vida, a luta por espaço político e valorização de sua identidade cultural. Viviam na década de 80 na prática da coleta e quebra do coco babaçu, onde essa atividade era exercida sem uma expressão política isolada, num trabalho praticamente anônimo. Durante muito tempo as quebradeiras de coco babaçu, de diversos povoados da região do médio Mearim, Tocantins e Piauí, tinham participado ativamente dos conflitos agrários pela terra e pelo babaçu, foi na década de 90 que essas mulheres se mobilizaram em um movimento político próprio. As mulheres quebradeiras de Coco passaram a constituir movimentos sociais que se estrutura segundo critérios organizativos, múltiplos, apoiado em princípios ecológicos de gênero e de base econômica não homogênea, conseguindo externar para sociedade sua existência enquanto extrativismo de babaçu. A mobilização associa-se, portanto, a defesa militante dos babaçuais contra o desmatamento e abrange uma diversidade de segmentos sociais.

Não poderíamos deixar de falarmos no bojo que as quebradeiras de coco têm de se organizar e mobilizar-se politicamente construindo um processo de formação político-social, econômica, cultural e ambiental que vai além da estrutura curricular convencionada pela união.