O Plenário da Câmara dos Deputados vai debater na quarta-feira (11), em comissão geral, as ações preventivas de vigilância sanitária e possíveis consequências para o Brasil quanto ao enfrentamento do coronavírus (Covid-19).
O debate, marcado para as 13h55, ocorre por sugestão da deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC). Ela foi relatora do projeto que deu origem à lei que regula a situação de emergência para combater o coronavírus (Lei 13.979/20).
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou presença no debate.
Comissão externa
Também na quarta-feira, a comissão externa da Câmara que acompanha o enfrentamento do coronavírus se reúne para votar requerimentos. O coordenador da comissão, deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), ressalta que o surto da doença ganhou contornos mais graves com a atual repercussão na economia dos países e, especificamente no Brasil, com a alta do dólar, queda dos índices das bolsas de valores e queda mundial do preço do petróleo.
De acordo com o deputado, talvez os brasileiros tenham que se preparar para medidas mais rigorosas. “Eu acho que o Brasil terá que tomar uma série de medidas mais drásticas, com suspensão de algumas rotas internacionais e provavelmente também um controle alfandegário das pessoas”, declarou.
Ele manifestou preocupação com o controle de um eventual reajuste de preços em farmácias, maior vigilância em portos e aeroportos e até planos de contingência que envolvam a frequência às aulas.
“Temos que manter a tranquilidade com a população, mas acho que a implementação de medidas mais duras virá nos próximos dias, e a população tem que estar sensibilizada a isso para evitar a disseminação desta doença”, disse o deputado.
Na semana passada, o Ministério da Saúde já anunciou reforço nas estruturas de atenção primária e informou que todas as pessoas que chegarem ao Brasil de países da América do Norte, Europa e Ásia e tiverem sintomas como febre, coriza, tosse e falta de ar poderão ser consideradas casos suspeitos de Covid-19.
No mundo, são mais de 110 mil casos com mais de 3.800 mortes, em mais de 80 países.
Agência Câmara de Notícias