A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) anuncio o início de uma greve, por tempo indeterminado, a partir desta segunda-feira (17).
Em nota, a entidade informou que a greve tem como objetivos principais a busca pela sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos os funcionários.
A federação alega “negligência com a saúde dos trabalhadores” durante a pandemia do COVID-19, devido à falta de medidas de proteção contra a doença.
Outro motivo para a paralisação seria a possível privatização dos Correios, os grevistas são contra a medida e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos.
A empresa afirmou que resguarda os vencimentos dos pagamentos e propõe ajustes de benefícios previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
“A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”, acrescentou em nota.
Em paralelo, a Associação dos Profissionais dos Correios Regional Minas Gerais (ADCAP) também emitiu uma nota e lamentou que os trabalhadores tenham chegado a essa medida extrema, que poderá trazer grandes reflexos para a sociedade. “A associação compreende que a condução das relações trabalhistas pela atual direção dos Correios não deixou alternativa para os trabalhadores, diante da tentativa de imposição de uma redução significativa nas remunerações.”, acrescentaram.
A ADCAP ainda destacou que os trabalhadores dos Correios possuem, em média, a menor remuneração das estatais federais. “Um carteiro ou atendente tem um salário inicial de menos de R$ 1.800,00, o que torna todas as parcelas salariais, como vale-alimentação, por exemplo, indispensáveis na composição da renda”.
Correios ressaltaram que a possuem um Plano de Continuidade de Negócios, para seguir atendendo à população em qualquer situação adversa.
Atrasos na entrega – O que fazer?
De acordo com os órgãos de defesa do consumidor, as empresas que vendem com entrega pelos Correios são responsáveis por encontrar e disponibilizar outra forma para que os produtos sejam entregues aos seus clientes dentro do prazo firmado durante a compra.
Caso os Correios não cumpram um serviço contratado, o consumidor terá o direito a ressarcimento. Além disso, o cidadão poderá ir à Justiça e solicitar indenização em casos de dano material ou moral provocado pelo atraso.
Já as empresas que enviam cobrança por correspondência são obrigadas a oferecer outra forma de pagamento que seja viável ao consumidor, impressão online, entregas presenciais ou depósito bancário.
Porém, vale destacar que não receber qualquer outra cobrança em que o consumidor tenha conhecimento da dívida não o isenta de efetuar o pagamento.
Então, em caso de atrasos no recebimento de boletos, por conta da greve, o cliente deve entrar em contato com a empresa, antes do vencimento, e solicitar outra opção de pagamento.
Caso o pedido por outro meio para pagar a conta não seja atendido, o consumidor poderá registrar sua reclamação no órgão de defesa do consumidor (PROCON).
Jornal O Liberal