Luta Socialista: Unidade do campo progressista para derrotar grupo de Nagib em 2020!

NOTA DO PSOL/CODÓ SOBRE O PROCESSO ELEITORAL 2020

Aproximam-se as eleições municipais e com isso também começa a movimentação dos agrupamentos políticos envolvidos na disputa do poder local. Desde já a população precisa estar atenta a estas movimentações, pois o processo de formação de um grupo político pode revelar muito sobre o seu perfil e compromisso com a população.

Sem dúvida, o elemento mais importante da conjuntura política municipal é o visível desgaste e consequente alto índice de rejeição do atual prefeito, Francisco Nagib. Despossuído de competência e habilidade política para gerir o município, sua administração desastrosa tem aprofundado os problemas da cidade e empurrado a população para o sufoco. Quem depende dos serviços públicos em Codó está absolutamente desassistido. Na saúde, o HGM continua sucateado, com escassez de profissionais, de aparelhos e materiais de trabalho. Na educação, o sucateamento das escolas também é evidente, e o atraso no início do ano letivo prejudica alunos e professores todos os anos. Destaca-se também como uma tragédia na atual gestão a política de geração de emprego e renda, a qual não tem conseguido impulsionar a criação de novos postos de trabalho formal, culpando-se exclusivamente a crise econômica nacional. Com tamanha rejeição, ainda é incerto se Nagib tentará a reeleição ou lançará outro nome do grupo, como já se manifestou o deputado César Pires, um órfão da oligarquia Sarney e cabo eleitoral de Nagib no último pleito.

A UNIDADE DA OPOSIÇÃO SERIA A SOLUÇÃO?
 
Por outro lado, a tragédia que se revelou o atual governo fortaleceu a oposição, que, como de costume em todo período pré eleitoral, ensaia uma unidade. O chamado “Grupão”, que já engloba desde caciques políticos tradicionais, como os ex-prefeitos Biné Figueiredo e Ricardo Archer, até figuras de partidos mais a esquerda como Pedro Belo (PCdoB) e o médico José Francisco (PT) vem fazendo movimentações na tentativa de aglutinar toda a oposição.

De nossa parte, avaliamos que a tática de unir toda a oposição para derrotar Nagib é tentadora, mas não é a melhor, ainda que fosse viável. Primeiramente, como já sabemos de eleições anteriores, o “Grupão” sempre se esfacela, pois não tem consistência ideológica. Uma vez que os interesses pessoais estão acima das necessidades da população, ninguém abre mão de sua candidatura. Ademais, embora o governo atual seja uma catástrofe, é preciso avaliar o que será colocado no lugar dele, caso contrário a população acabará trocando “seis por meia dúzia”.

A UNIDADE DO CAMPO PROGRESSISTA

As próximas eleições municipais refletirão a polarização que hoje acontece na política nacional, pois é nos municípios que as forças políticas nacionais se estruturam e se sustentam. Portanto, no atual contexto de ofensiva das forças conservadoras, o PSOL/Codó defende a mais ampla unidade programática entre os diversos setores da esquerda política. Nesse sentido, é urgente que os sindicatos, movimentos sociais, associações e partidos de esquerda superem suas divergências pontuais e construam uma candidatura única que possa se constituir uma autêntica terceira via política para os codoenses.

Entretanto, é inconcebível a ideia de uma terceira via eleitoral juntamente com figuras como as dos ex-prefeitos Biné Figueiredo e Ricardo Archer, ambos fichas-sujas por improbidade administrativa, segundo o TribunaL de Contas da União. Desse modo, o PSOL/Codó se manifesta aberto ao diálogo com o PCdoB, PT e todas as organizações sociais empenhadas em construir uma candidatura que possa resistir às políticas de ajuste fiscal do governo Bolsonaro.

Apresentamos o nome do Prof. Marcos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal – SINTSERM, como pré candidato ao executivo. Todavia, acreditamos que mais importante que a questão do nome é o programa de governo que deverá ser construído e sob o qual a unidade poderá ser selada.

Prof. Marcos em audiência sobre educação na Câmara Municipal de Codó