
O governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou em coletiva virtual nesta segunda-feira (27) que acredita que o auge dos casos do novo coronavírus acontecerá no mês de maio, no Maranhão.
“Nós mantemos o alinhamento do Comitê Científico do Maranhão, do Comitê Científico do Nordeste. Todos eles apontando, de modo uníssono, que o mês de maio deve ser aquele em que atingiremos o auge da pandemia e, se Deus quiser, a expectativa geral é que aí nós experimentemos o chamado ‘platô’.
O governador completou afirmando que o vírus não sairá do cotidiano das pessoas, mas que depois do momento de ‘platô’ espera-se uma queda no número de casos.
“Ou seja, não é que o coronavírus vai desaparecer do nosso cotidiano de uma hora para outra. Infelizmente, isso não é verdade. Em nenhum país do mundo. O que há é um crescimento e depois ele estabiliza no patamar alto ainda, durante algum tempo, e aí, no momento seguinte, é que ele começa a cair. É o que nós vimos na China”, afirmou Flávio Dino.
Novas medidas
Flávio Dino (PCdoB) também anunciou o aumento de leitos de UTI, a chegada de novos respiradores, a busca por formação antecipadas de novos médicos e a edição de um decreto de requisição de serviços médicos.
Sobre os leitos de UTI, o governador afirmou que haverá um crescimento de 40 lugares, sendo que 20 serão adicionados pelo governo estadual através do aluguel de um hospital particular, na Rua Rio Branco, no Centro, e outros 20 que serão colocados à disposição pelo Hospital Universitário.
Além disso, o governador do Maranhão anunciou também a chegada de um total de 110 respiradores que chegarão esta semana e ainda 68 por conta de uma situação judicial.
Flávio Dino também disse que irá manisfestar junto ao CEUMA, UFMA, UEMA e Ministério Público a antecipação de formatura antecipada de médicos.
Panorama no Maranhão
Nas últimas 24 horas, foram registrados 13 novos óbitos distribuídos nas cidades de São Luís, Cachoeira Grande e Paço do Lumiar, sendo seis mulheres e sete homens. A SES também contabilizou nas últimas horas, 187 novos casos de infecção pelo coronavírus.
O boletim epidemiológico apontou que subiu para 463 o número de pessoas recuperadas pela Covid-19 no estado. Também aumentou para 297 o número de profissionais da saúde infectados pelo coronavírus, deste número, 206 já estão recuperados e sete morreram.
Mortes por Covid-19 no Maranhão
Nas últimas 24 horas foram contabilizadas 13 mortes por Covid-19 no Maranhão. Desse número, um foi registrados em Paço do Lumiar, outro em Cachoeira Grande e 11 em São Luís. Veja abaixo os detalhes:
- Homem de 73 anos, de Cachoeira Grande, com hipertensão e diabetes;
- Mulher de 77 anos, de Paço do Lumiar, com problemas cardiológicos e diabetes;
- Homem de 55 anos, de São Luís, com problemas de hipertensão e diabetes;
- Homem de 51 anos, de São Luís, sem comorbidades;
- Homem de 52 anos, de São Luís, com obesidade e tabagista;
- Homem de 69 anos, de São Luís, sem comorbidades;
- Homem de 51 anos, de São Luís, com doenças urológicas e do sistema digestivo;
- Homem de 68 anos, de São Luís, com problemas hipertensão arterial e diabetes;
- Mulher de 89 anos, de São Luís, com hipertensão;
- Mulher de 38 anos, de São Luís, com obesidade;
- Mulher de 51 anos, de São Luís, com diabetes e hipertensão;
- Mulher de 37 anos, de São Luís, sem comorbidades;
- Mulher de 38 anos, de São Luís, sem comorbidades.
Casos em 59 cidades
O novo coronavírus atinge 59 cidades em todo o Maranhão. Veja a lista das cidades abaixo:
- Açailândia – 12 casos
- Alcântara – 1 caso
- Altamira do Maranhão – 1 caso
- Alto Alegre do Pindaré – 1 caso
- Anajatuba – 5 casos
- Arari – 3 casos
- Bacabal – 21 casos
- Bacabeira – 7 casos
- Balsas – 4 casos
- Barreirinhas – 2 casos
- Brejo – 1 caso
- Buriticupu – 1 caso
- Cachoeira Grande – 4 casos
- Cajapió – 1 caso
- Cantanhede – 1 caso
- Caxias – 15 casos
- Centro Novo do Maranhão – 1 caso
- Chapadinha – 9 casos
- Codó – 3 casos
- Colinas – 4 casos
- Cururupu – 1 caso
- Davinópolis – 2 casos
- Estreito – 1 caso
- Governador Edison Lobão – 1 caso
- Governador Nunes Freire – 1 caso
- Imperatriz – 92 casos
- Junco do Maranhão – 1 caso
- Lago da Pedra – 2 casos
- Mata Roma – 1 caso
- Matinha – 4 casos
- Milagres do Maranhão – 2 casos
- Miranda do Norte – 4 casos
- Mirinzal – 1 caso
- Monção – 1 caso
- Morros – 3 casos
- Olho d’Água das Cunhãs – 1 caso
- Paço do Lumiar – 74 casos
- Pedreiras – 2 casos
- Presidente Dutra – 1 caso
- Presidente Juscelino – 4 casos
- Raposa – 11 casos
- Rosário – 10 casos
- Santa Inês – 3 casos
- Santa Rita – 14 casos
- São Benedito do Rio Preto – 1 caso
- São João Batista – 1 caso
- São Francisco do Brejão – 1 caso
- São João dos Patos – 1 caso
- São José de Ribamar – 137 casos
- São Luís – 1894 casos
- Timon – 16 casos
- Trizidela do Vale – 2 casos
- Tuntum – 2 casos
- Urbano Santos – 3 casos
- Vargem Grande – 3 casos
- Viana – 2 casos
- Vitória do Mearim – 6 casos
- Vitorino Freire – 1 caso
- Zé Doca – 6 casos
Faixa etária dos pacientes
- 0 a 9 Anos – 13 casos
- 10 a 19 Anos – 24 casos
- 20 a 29 Anos – 266 casos
- 30 a 39 Anos – 679 casos
- 40 a 49 Anos – 592 casos
- 50 a 59 Anos – 370 casos
- 60 a 70 Anos – 238 casos
- Mais de 70 – 189 casos
- Não informado – 40 casos
Percentual de casos por sexo
- Masculino – 49%
- Feminino – 51%
Taxa de ocupação de leitos de UTI
Leitos de UTI para a Covid-19 na capital
- Total de leitos de UTI – 112
- Leitos ocupados de UTI – 106
- % de ocupação das UTIs – 94,64%
Leitos clínicos para a Covid-19 na capital
- Total de leitos – 267
- Leitos ocupados – 174
- Porcentagem de ocupação – 65,17%
Leitos de UTI para a Covid-19 no interior
- Total de leitos – 81
- Leitos ocupados – 10
- Porcentagem de ocupação – 12,35%
Leitos clínicos para a Covid-19 no interior
- Total de leitos – 168
- Leitos ocupados – 11
- Porcentagem de ocupação – 6,55%
Ficar em casa
Ficar em casa é importante porque, segundo as autoridades de saúde, é a única maneira mais eficaz no momento para frear o aumento repentino no número de casos, o que poderia causar um colapso no sistema de saúde pela falta de leitos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Um colapso causaria a diminuição drástica da capacidade do sistema de saúde em cuidar dos pacientes, o que aumenta a chance de óbitos por Covid-19 e também por outras doenças.
Cuidados
Para evitar a proliferação do vírus, o Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.
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