O deputado Arnaldo Melo (MDB) foi o entrevistado do quadro “Sala de Entrevista”, do telejornal Portal da Assembleia, nesta quarta-feira (13). O parlamentar é o decano da Casa e está no exercício do sétimo mandato.
Arnaldo Melo revelou que teve a felicidade de vivenciar os tempos áureos da Assembleia Legislativa, de 1991 a 1994. “A Assembleia de José Elouf, Carlos Melo, Kléber Branco e Juarez Medeiros. À época, erámos cobrados pelas palavras e atitudes”, lembrou.
Segundo o deputado, a política é uma atividade muito dinâmica e exige que o parlamentar esteja sempre aberto a ouvir os anseios da sociedade. “O deputado tem que estar sintonizado com as necessidades mais urgentes da sociedade. Às vezes, não é uma ponte ou outra obra o mais importante para determinada comunidade, mas, talvez, uma ação que gere renda para o sustento da família. As necessidades da comunidade são cada vez maiores. O que levou a isso foi o aumento da concentração de renda, fenômeno social que acontece mundialmente”, ressaltou.
Para Arnaldo, é o deputado estadual que faz a ponte entre o vereador, que está na base e é demandado pela comunidade, e o governo, no âmbito estadual e federal. “E essa cobrança é justa porque o povo fez do deputado o seu representante junto ao governo estadual”, justificou.
Indagado sobre a expectativa para o seu sétimo mandato, Arnaldo Melo disse que contribuirá muito com o povo do Maranhão, porque já tem uma visão ampla sobre a situação social e econômica das regiões. “Andei por todo este estado e conheço todos os municípios. Tenho mais conhecimento para fazer aquilo que é demandado pela sociedade”, assinalou.
Mudança no perfil do deputado
“Houve uma mudança na personalidade do parlamentar. Hoje, nós não somos somente aqueles que elaboram, modificam, extinguem leis e fiscalizam. O sistema eleitoral fez com que esse parlamentar se ajustasse às necessidades da população. O parlamentar transformou-se, inconscientemente, em um despachante. E se não for um bom despachante, ele não se reelege”, explicou Arnaldo Melo.
Arnaldo Melo afirmou que carrega um sentimento de dívida, de compromisso grande com o povo maranhense. Ele acrescentou que a responsabilidade que recai sobre seus ombros é muito grande. “Como ajudar essa nova Assembleia, representada pelos novos deputados? Quero ajudar como alguém que já sofreu, que já errou. É uma sensação de um compromisso cada vez maior. É um peso grande, mas, ao mesmo tempo, bom. É um fardo pesado, mas gostoso de carregar. Coloco-me à disposição da Assembleia para ajudar o Maranhão a avançar”, concluiu.
Ribamar Santana – Agência Assembleia