O professor Hildeberto Pereira de Araújo, 45 anos, vai processar a companhia aérea Gol. Ele e seu sobrinho, um bebê de 1 ano e 3 meses, caíram da escada de desembarque do voo 1718, em Teresina.
O acidente aconteceu no último dia 12 de março, por volta das 11h30. Hildeberto relatou ao Cidadeverde.com que chovia no momento da aterrissagem e que havia “poças” de água na escada de desembarque.
“Peguei minha mochila e o bebê no colo e me preparei para o desembarque. Ao sair do avião me depararei com uma escada de desembarque ainda do modelo antigo, sem cobertura para chuva, nem piso antiderrapante. A escada se encontrava super molhada, apresentando muita concentração de água”, conta Hildeberto.
O professor, que estava com o sobrinho no colo, afirma que caiu logo após dar o primeiro passo na escada. Ele ainda tentou segurar no corrimão, mas o apoio também estava molhado.
“O primeiro passo foi com o pé direito. No momento do segundo passo, segurei o corrimão com a mão direita, mas percebi que este se encontrava também liso, o que me levou a cair com meu bebê na mão. Só parei no chão com a perna direita fletida para o lado de fora em relação ao eixo corporal na escada. No momento ouvi um barulho de estalo”, afirma o professor Hildeberto .
Hildeberto relata, ainda, que após a queda, seu sobrinho chorou muito, mas não foram vistos ferimentos aparentes na no bebê. Já o professor sofreu uma lesão no joelho e deve passar por cirurgia.
Foto: Yala Sena
Passageiros embarcando em Teresina na última segunda-feira debaixo de chuva
“No momento que eu estava no chão, um funcionário aproximou e perguntou se eu precisava de ajuda para me locomover. Eu comentei que eles deveriam ter tido mais cuidado com a escada. O funcionário não reagiu, não me ajudou e se afastou. Eu sai mancando, com muita dor e tentando acalmar o bebê que foi chorando até a sala de bagagem, e depois ficou com um choro contido. Em momento nenhum, alguém da companhia aérea, seja na pista, no desembarque ou mesmo na sala de despacho de bagagem, veio se informar sobre o acidente, saber como estávamos ou oferecer nos levar a um hospital”, desabafa o professor.
O voo de Hildeberto e o sobrinho fazia o itinerário Brasília-Teresina. O professor é piauiense, mas tem dupla nacionalidade Brasil-Canadá. Ele garante que vai processar a Gol por danos morais, financeiros e lesão corporal.
“É uma negligência criminosa cair de uma escada dessas. O bebê poderia ter morrido, eu poderia ter ficar paraplégico. Estou fazendo tratamento médico. O ligamento da patela do meu joelho arrancou um pedaço do osso. Inicialmente estou fazendo um tratamento conservador com 30 sessões de fisioterapia e depois avaliar se vou precisar cirurgia”, lamenta o professor Hildeberto.
O Cidadeverde.com entrou em contato com a companhia aérea Gol. No entanto, até a conclusão da reportagem nenhum posicionamento foi feito.
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