Bolsonaro: “todos os programas sociais passarão por auditoria”

Jair Bolsonaro

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou neste sábado (24) que irá submeter todos os programas sociais do governo federal a auditorias. O objetivo é verificar se existem pessoas recebendo benefícios sem necessidade.

Participando do evento da Brigada de Infantaria Paraquedista, no Rio de Janeiro, ele esclareceu que não vai acabar com nenhum programa. Porém, criticou a dependência de beneficiários que têm condições de trabalhar.

“Projeto social tem que ser para tirar a pessoa da pobreza e não para mantê-la num regime de quase dependência. Nós não queremos nenhum brasileiro dependendo do Estado”, assegurou. Deixou claro que não “será irresponsável a ponto de acabar com qualquer programa social”, mas não abre mão que todos os existente sejam submetidos a auditorias. “Aqueles que podem trabalhar devem entrar no mercado de trabalho e não fiquem dependendo do Estado a vida toda”, argumentou, após ser questionado sobre programas como o Bolsa Família.

Valores familiares

Outro assunto abordado por Bolsonaro na entrevista coletiva foi que a indicação do filósofo Ricardo Vélez Rodríguez para o Ministério da Educação. O futuro presidente acredita que o escolhido atendeu a princípios dos valores familiares.

O presidente eleito comentou como a valorização e o respeito à criança são fundamentais para a comunidade evangélica e o Brasil como um todo.

“A bancada evangélica é muito importante não [apenas] para mim, mas para o Brasil. Reconheço o valor deles. E essa pessoa indicada, pelo que eu sei, não é evangélica, mas atende aquilo que a bancada evangélica defende. Realmente [o objetivo é] formarmos no final da linha [do ensino] alguém que seja útil para o Brasil, e não para o seu partido”, encerrou.

Todos os anos ele participa da festa de confraternização da Brigada de Infantaria Paraquedista. Bolsonaro formou-se no curso de paraquedista militar no ano de 1977, tendo servido no 8º Grupamento de Artilharia de Campanha Paraquedista entre 1983 e 1986. Ingressou na reserva em 1988, com o posto de capitão, após se eleger vereador no Rio de Janeiro, dando início à sua trajetória política.

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