Em João Pessoa, Paraíba, uma professora está no centro de uma polêmica. Ela decidiu usar um texto que fazia parte de um exercício de língua portuguesa para atacar evangélicos.
“Sou um estudante preconceituoso, principalmente quanto à orientação sexual. Frequento semanalmente a igreja, tenho nojo de trans, gays e lés… mais (sic) na sala de aula me mostro amigo deles, por ter medo de processos. Mais não me iludo. Deus e meus pais me ensinaram que tudo isso é safadeza”, dizia o texto.
O que ela não imaginava, no entanto, é que a explicação do exercício descrita na lousa seria compartilhada pelos alunos nas redes sociais, gerando muitas críticas pelo preconceito religioso expresso na atividade.
Para o movimento Escola Sem Partido, o caso é um exemplo de doutrinação em ambiente escolar, ironizando um erro de português no texto escrito pela professora, que trocou “mas”, por “mais”.
A vereadora Eliza Virgínia (PP-PB) classificou o texto como preconceituoso e disse que tratar-se de “intolerância religiosa”, além de avisar que vai denunciar a educadora.
“O texto é preconceituoso e o pior: tem um grau de intolerância religiosa absurda. Vou denunciá-la e quero retratação. O texto também é problemático, ao dizer que um aluno que frequenta a igreja é intolerante por ser religioso. Isso é uma escola cidadã integral”, comentou.
Nas redes sociais, a professora aparece em um vídeo onde participa de uma reunião da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no qual ela reclama da vereadora.
“A gente vem aqui para denunciar a vereadora Eliza Virgínia, que toda semana promove um ataque a um professor da nossa escola. Eu fui atacada na minha prática docente porque coloquei um texto lá […] para transformar num parágrafo”, disse.