Pesquisa da FGV e cooperação com o TSE analisou mais de 3 mil conteúdos
Uma pesquisa inédita lançada nesta quinta-feira (12) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas mostra o panorama das notícias falsas que questionam a integridade do sistema eleitoral. Intitulado “Desinformação On-line e Eleições no Brasil: A circulação de links sobre desconfiança no sistema eleitoral brasileiro no Facebook e no YouTube (2014-2020)”, o estudo analisou mais de 3 mil conteúdos relacionados ao pleito nacional.
A FGV analisou a circulação de conteúdos que incentivam a existência de fraude nas urnas eletrônicas e a manipulação nas eleições brasileiras, tanto no Facebook quanto no YouTube, de 2014 a 2020.
Em quase sete anos de análise, 337.204 publicações questionavam as eleições brasileiras, sendo que 335.169 foram publicadas no Facebook e somaram pouco mais de 16 milhões de interações on-line. Outros 2.035 posts publicados no YouTube tiveram quase 24 milhões de visualizações.
A pesquisa revela que a disseminação de informações falsas sobre o processo eleitoral brasileiro tem sido uma prática constante desde 2014, com aumento expressivo nos anos em que ocorrem os pleitos, mas mantendo estabilidade os anos não eleitorais.
O tema com maior engajamento tanto no Facebook quanto no YouTube, entre 2014 e 2020, foi o funcionamento e o questionamento sobre possíveis fraudes nas urnas eletrônicas.
A FGV observou ainda o aumento do número de convites compartilhados via WhatsApp para grupos e páginas do Facebook próximo às eleições de 2018 e de 2020. A pesquisa identificou que 97,2% das pouco mais de 11 milhões de mensagens enviadas em 868 grupos públicos foram transmitidas por números de telefones nacionais. Com isso, foi contabilizado um engajamento de 9.263 pessoas no período de janeiro de 2019 a outubro de 2020.
Com os resultados do estudo, o Tribunal Superior Eleitoral busca fortalecer o programa de enfrentamento à desinformação com mais dados para toda sociedade construir ações de maneira mais transparente e ágil. Assim, como buscamos reforçar a necessidade de uma política específica sobre as eleições brasileiras nas plataformas digitais.
Assessoria de Comunicação